segunda-feira, 26 de abril de 2010

IMPRENSA DISCRIMINA EVANGÉLICOS

PRECONCEITO A EVANGELICOS AINDA
PERSISTE NA GRANDE IMPRENSA, NO BRASIL

Deixando à parte os embates que envolvem interesses da Globo e Record – em busca de audiência e poder político – podemos ver claramente, ainda no Brasil do século 21, o ranço do preconceito e menosprezo com que certa grande imprensa divulga e comenta noticias referentes a manifestações evangélicas.
Até mesmo Luiz Nassif, jornalista católico, nota essa postura sectária. Ele publicou em seu Blog, no dia 24.4.2010, o seguinte comentário: “Releva registrar no dia 21/04/10 foi realizado nas principais cidades do Brasil o evento denominado dia “D” promovido pela Igreja Universal. Segundo os organizadores do evento, o público presente em todos as cidades que ocorreu o evento é estimado entre 7 e 8 milhões de pessoas. No dia 22, ou seja, na quinta-feira o jornal O Globo das Organizações Globo fez uma reportagem de capa sobre o evento com o seguinte título: “Caos universal e autorizado”, ocorre que o jornal abriu as suas caixas de ferramentas, digo, notícias e no intuito de denegrir o mega evento idealizado pela Igreja Universal, chegou a comparar o evento ecumênico com o caos vivido pelo Rio de Janeiro com a desgraça provocada pelas chuvas. É o mais deprimente exemplo de como não se deve fazer jornalismo, espero que este blog não se furte a sua responsabilidade de discutir o fato sob a égide do racionalismo apontando as duas versões da história”.
Navegamos rapidamente pela Internet para observar como certos jornalistas são tendenciosos no relato de mega-eventos, como a Marcha para Jesus, Parada Gay e concentrações do padre. Marcelo Rossi. Além de minimizar a capacidade de mobilização e organização dos cristãos evangélicos, só encontram aspectos negativos tentando denegrir a imagem de dezenas de milhões de cidadãos das diversas confissões cristãs evangelicas do Brasil. Na verdade, tentam cobrir o sol com a peneira!
A Folha de S.Paulo deu a seguinte manchete com relação ao Dia D, liderado pela Universal e que uniu evangélicos de diversas igrejas: “Evento da Universal no feriado congestionou zona sul de São Paulo”. O texto se prende apenas a um aspecto negativo – trânsito – que ocorre em qualquer grande manifestação: “Um evento promovido pela Igreja Universal no autódromo de Interlagos nesta quarta-feira, feriado de Tiradentes, complicou o trânsito na zona sul de São Paulo. Prefeitura do Rio pede desculpas por trânsito de evento Cerca de um milhão de pessoas participaram do evento evangélico, chamado de "Dia da decisão", segundo PM. A igreja calculou 1,5 milhão, segundo o site oficial”.
Com relação ao Dia D, no Rio, a Folha comenta: “O trânsito na cidade do Rio de Janeiro está caótico em parte do centro e na zona sul nesta quarta-feira. Os congestionamentos são reflexo de um culto religioso da Igreja Universal do Reino de Deus, na enseada de Botafogo, zona sul, que deve durar até as 19h.. ... A CET-Rio informou que o congestionamento atinge toda a orla da zona sul e há lentidão nos principais túneis que interligam a zona sul a outras regiões da cidade --como o túnel Santa Bárbara (via de saída para o centro) e o túnel Rebouças (ligação com a zona norte). O texto informa que “em nota, a prefeitura afirmou que assume suas responsabilidades pelo engarrafamento" e pediu desculpas à população. Outra manchete da Folha: “Evento da Universal reúne mais de 1 mi e atrapalha trânsito em SP
Se o tratamento da matéria é assim, qual é o procedimento com relação à Marcha Gay? Em 14.06 a Folha noticiou: “A Parada Gay de São Paulo promete reunir 3,5 milhões de pessoas neste domingo. A estrutura conta com 1.200 policiais militares, 900 banheiros químicos, 140 leitos para atendimento médico e 16 ambulâncias. Projeções fornecidas pela SPTuris (empresa que gerencia o turismo na cidade de SP) apontam que a cidade deve ter recebido cerca de 400 mil turistas, sendo 5% (perto de 20 mil) do exterior e a maioria, 70%, do interior do Estado de SP. O impacto na economia deverá ser de R$ 200 milhões e a taxa de ocupação dos hotéis é de cerca de 90%, segundo os organizadores” – nenhum problema de trânsito foi mencionado. O tom positivo da reportagem continua com:: “Em entrevista à imprensa realizada na manhã deste domingo envolvendo lideranças das comunidades LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e dirigentes e organizadores da 13ª Parada Gay de São Paulo, o governador José Serra (PSDB) afirmou apoiar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. "A união estável, que inclusive já tem um processo sobre isso, e está realmente rolando, nós apoiamos" - nenhum problema no trânsito paulistano!
O mesmo ocorreu com a última realização do Pe. Marcelo Rossi, que turbinou sua carreira cantando músicas gospel - especialmente ‘Anjos de Deus’, que tem letra e música do Pastor Elizeu Gomes. Na reportagem do dia 21/04/2008: “Show reúne 3 milhões em SP; para Serra caso Isabella agora cabe à Justiça”. O texto exalta pontos positivos: “O evento reuniu 22 convidados e terminou por volta das 19h20. Foram realizados cerca de 300 atendimentos, entretanto, nenhum grave segundo a SPTuris. Foram seis postos médicos, dez ambulâncias, 450 metros quadrados de palco, quatro caminhões-pipa distribuindo água gratuitamente e 16 geradores elétricos para manter a energia. Os telões no local contam com oito por seis metros e 5.000 metros de espaço foram disponibilizados para o público presente. Para manter a segurança do show, 2.600 integrantes da Polícia Militar foram acionados pela organização do evento e pela Prefeitura de São Paulo. Além deles, 300 seguranças, 300 guardas civis e outros 300 brigadistas ajudam a manter a ordem no local. Foram colocados à disposição do público 200 ônibus” – ali também, apesar da movimentação de cerca de 2 milhões de pessoas, nenhum problema de trânsito.
Manchete de O Globo online de 22.5.08: “Marcha para Jesus atrabalha trânsito na zona norte” – SP – "A Marcha para Jesus, evento evangélico que deve reunir milhões de pessoas na praça Campo de Bagatelle, já complica o trânsito na zona norte, na marginal Tietê” ...
Assim descreve a 16ª Parada Gay, do Rio de Janeiro o jornalista Rodrigo Carvalho, na Globo.com/vídeos: “Muita alegria! Tem muitas crianças, muitos idosos acompanhando o evento e é claro figuras fantasiadas num clima de muita descontração aqui na orla da Praia de Copacabana. O governador Sérgio Cabral está com o ministro Carlos Minc em cima do trio principal do evento. Agora desse trio estão sendo feitas algumas considerações, palavras de apoio a fim da criminalização da homofobia. É o terceiro maior evento oficial da cidade – só perde para o Réveillon e para o Carnaval” – nenhum problema com o trânsito.
Enfim, cristãos evangélicos quando se reúnem “causam caos urbano, problemas de trânsito e acúmulo de lixo”: essa é a visão que a Grande Imprensa (sic) tupiniquim tem em relação ao seguimento religioso que mais cresce no Brasil. Talvez seja por isso mesmo que a Globo vem baixando a bola ao reportar as últimas versões da “Marcha para Jesus”.




Alguns canais ligados à Rede Globo passaram, à partir de 2009, a tratar com mais simpatia e fideliade a cobertura de mega-eventos promovidos por grandes denominações evangélicas. A Revista Época, da Globo, publicou naquele ano a estimativa de que em poucos anos os evangélicos ultrapassaram 50% da população brasileiro. Trata-se de interesse pois a mesma vem perdendo audiência em função de sua velha guerra aos "crentes". O vídeo acima foi postado no You Tube por Marcoscrecchi em 2 de novembro de 2009.

domingo, 25 de abril de 2010




PRESIDENTE DO HAITI LIDERA
TRÊS DIAS DE JEJUM E ORAÇÃO:
MAIS DE UM MILHÃO NAS RUAS!


Todos os anos, como no Brasil, o povo do Haiti celebra o seu carnaval. Nesse período muita feitiçaria e vodu são praticados. Durante as semanas que antecedem a festa os haitianos fazem máscaras e fantasias para participar dessa celebração de origem pagã.
Para o espanto de muitos estrangeiros, que vivem ou trabalham atualmente no Haiti, o próprio Rene Preval, presidente do País, convocou a nação para algo inédito no País, em pleno período do carnaval: Uma campanha nacional de jejum e oração pública!
Reportagem do O WR – The World Race escreveu que “o Presidente Rene Preval quebrantou-se em lágrimas durante um dos cultos. Enxugava os olhos enquanto sua esposa, tendo ao seu lado a esposa, que o consolava
Stéphanie Tyrna disse: “Eu estava trabalhando na farmácia de nossa clínica, desde as 6 da manhã até as 13 horas. Havia milhares de haitianos por toda a parte, chorando, orando, louvando e adorando a Deus. Era incrível. Deus, definitivamente, está mudando este País e o coração de seus habitantes!”
Essa campanha foi idealizada por um ministério evangélico da Flórida, chamado “Loving Hands Ministry” – liderado pelo pastor Rene Joseph. Mais de um milhão de pessoas participaram da campanha e milhares foram impactados e receberam a Jesus em seus corações. O pastor disse que “os haitianos não se esqueceram do Deus verdadeiro que os salvou e que está no controle de todas as coisas. Disse que muitas vezes Ele permite um desastre nacional para atrair as pessoas para si mesmo” – rogando para que, na medida em que haja estabilização as pessoas não enfraqueçam a fé ou regressem a vida que levavam antes do avivamento: “Devemos interceder pelo Haiti para que a nação seja para sempre mudada, reconstruída na rocha sólida cujo fundamento seja o Deus verdadeiro – e que nunca mais regressem ao vodu, à feitiçaria ou a ídolos”.
O texto original cita o Salmo 86.9: “Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de Ti, Senhor, e glorificarão o teu nome”.


Milhares de pessoas nas ruas e ruelas de Porto-Príncipe, capital do Haiti, durante a Campanha de Três dias de Oração e Jejum, desde o dia 12.02.2010 (Foto de Carl Juste: AP/Miami Herald)

(Texto baseado em postagem de Stéphanie Tyrna, do Haiti para WR – The World Race)

sexta-feira, 23 de abril de 2010


A VOZ DE C.S. LEWIS NA

RÁDIO BBC DE LONDRES

Clive Staples Lewis nasceu na Irlanda do Norte e cresceu em ambiente cultural propício, junto aos livros de uma seleta biblioteca. Seus pais eram cristãos anglicanos. Quando eram adolescentes, Lewis e seu irmão Warren mais velho passavam quase todo o seu tempo dentro de casa dedicando-se à leitura dos clássicos, distantes da realidade materialista e tecnológica do século XX. Aos 10 anos, a morte prematura de sua mãe fez com que C.S.Lewis ainda mais se isolasse da vida comum dos garotos de sua idade, buscando refúgio no campo de suas histórias e fantasias infantis. Na sua adolescência encontrou a obra do compositor Richard Wagner e começou a se interessar pela mitologia nórdica.
Sua educação foi iniciada por um tutor particular e, mais tarde, no Malvern College na Inglaterra. Em 1916, aos 18 anos de idade, foi admitido no University College, em Oxford. Seus estudos foram interrompidos pelo serviço militar na Primeira Guerra Mundial. Em 1918, retornou a Oxford.
Durante a 1ª Guerra Mundial conheceu um outro soldado irlandês chamado Paddy Moore, com quem travou uma amizade. Os dois fizeram uma promessa: se algum deles falecesse durante o conflito, o outro tomaria conta da família respectiva. Moore faleceu em 1918 e Lewis cumpriu com o seu compromisso. Após o final da guerra, Lewis procurou a mãe de Paddy Moore, a senhora Janie Moore, com quem estabeleceu uma profunda amizade até à morte desta em 1951. Por esta altura Clive já tinha abandonado o cristianismo no qual fora educado na sua infância.Ensinou no Magdalen College, de 1925 a 1954, e deste ano até sua morte, em Oxford. Foi professor de Literatura Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge. Tornou-se altamente respeitado neste campo de estudo, tanto como professor como escritor. Seu livro A Alegoria do Amor: um Estudo da Tradição Medieval, publicado em 1936, é considerado por muitos seu mais importante trabalho, pelo qual ganhou o prêmio Gollansz Memorial de literatura. Em Oxford conheceu vários escritores famosos, como Tolkien, T. S. Eliot, G. K. Chesterton (que o ajudaram a voltar à fé cristã) e Owen Barfield.
Lewis voltou à fé cristã no início da década de 1930. Dedicou-se a defendê-la e permaneceu na Igreja Anglicana . Tem sido chamado o porta-voz não oficial do cristianismo, que ele soube divulgar de forma magistral, através de seus livros e palestras, onde ele apresenta sua crença na verdade literal das Escrituras Sagradas, sobre o Filho de Deus, sua vida, morte e ressurreição. Isto foi certamente verdade durante sua vida, mas de forma ainda mais evidente após a sua morte.
Tornou-se popular durante a II Guerra Mundial, por suas palestras transmitidas pela rádio e por seus escritos, sendo chamado de "apóstolo dos céticos", especialmente nos Estados Unidos. Suas palestras tocavam profundamente seus ouvintes da rádio BBC de Londres. Na sua última palestra denominada "O Novo Homem", Lewis disse: "Olhe para você, e você vai encontrar em toda a longa jornada de sua vida apenas ódio, solidão, desespero, ruína e decadência. Mas olhe para Cristo e você vai encontrá-Lo, e com Ele tudo o que mais você necessita."
C. S. Lewis morreu em 22 de novembro de 1963, no mesmo dia em que Aldous Huxley morreu, e o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, foi assassinado. A coincidência serviu como pano de fundo para o livro O Diálogo – Um debate além da morte entre John F. Kennedy, C. S. Lewis e Aldous Huxley, de Peter Kreeft, onde os três personagens, representando o teísmo ocidental (Lewis), o humanismo ocidental (Kennedy) e o panteísmo oriental (Huxley), discutem sobre religião e cristianismo.
Influenciou personalidades como Margaret Thatcher. Seus livros foram lidos pelos seis últimos presidentes americanos, e muitos de seus pensamentos foram citados em seus discursos. Venderam-se mais de 200 milhões de cópias dos 38 livros escritos por Lewis, os quais foram traduzidos para mais de 30 línguas, incluindo a série completa de Nárnia para a língua russa. Entre 1996 e 1998, quando foi celebrado o seu centenário, foram escritos cerca de 50 novos livros sobre sua vida e seus
trabalhos, completando mais de 150 livros desde o primeiro, escrito em 1949 por Chad Walsh: "C.S. Lewis: O Apóstolo dos Céticos". É respeitado até pelos que não concordam com a sua abordagem, inclusive dando nome a um asteróide denominado 7644 Cslewis, descoberto em 4 de novembro de 1988 por Antonín Mrkos.
(Veja resumo biográfico e obras de C.S.Lewis na Wikipédia)

*Video acima postado no YouTube por victtorhugo, em 31.08.2008, que escreveu: "Durante os anos de guerra, Lewis gravou uma serie de programas de rádio para a Nação. Tristemente, por causa do esforço da guerra, foram reciclados a maioria dos carretéis auditivos. E o mundo perdeu um capítulo da herança de um homem para sempre. Mas um sobreviveu. E eu tenho esta gravação aqui compilada para você como o próprio Lewis falou há muito tempo". (Tradução: Murillo / Legendas: Victtorhugo / Musica: C.S Lewis Song - Brooke Fraser)

align="left">** Vídeo postado no YouTube por ojovemcristao — 21 de julho de 2009 — Conheça: http://www.ojovemcristao.com




quinta-feira, 15 de abril de 2010

PNDH - 3 NO BANCO DOS RÉUS



PNDH – Plano Nacional
de Direitos Humanos





Através do Decreto 7.037, de 21.12.1009, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu o PNDH-3. A versão anterior do Projeto deu pano prá manga: O texto dava margem à criminalização de pessoas e atos ocorridos na repressão a grupos de resistência, no país, armados ou não, no regime de 1964-1985 – ultrapassando a Lei da Anistia. O que mais desagradou os militares foi o não reconhecimento de que houve vítimas de ambos os lados – o documento radicalizou, como num filme de mocinho e bandido. Em nome do politicamente correto o governo recuou e reescreveu o Plano – que, pelo jeito, deve ser reescrito novamente.
O PNDH-3 é, por enquanto, uma estratégia de ação tendo em vista o ideário de direitos humanos – especialmente voltado para as minorias. A justificação do documento, subscrita por Lula, enfatiza: “Não haverá paz no Brasil e no mundo enquanto persistirem injustiças, exclusões, preconceitos e opressão de qualquer tipo” e que o objetivo central do documento é “seguir consolidando a marcha histórica que resgata nosso País de seu passado escravista, subalterno, elitista e excludente, no rumo de uma sociedade crescentemente assentada nos grandes ideais humanos da liberdade, da igualdade e da fraternidade”.
O polêmico documento está em processo de exame crítico da sociedade – de onde deve emanar a lei, numa Democracia – já que deputados e senadores é que legislam, representativamente! Porém a máquina do governo central tem sua ideologia e suas bases quem impor valores e princípios que nem sempre têm o apoio da grande maioria da população brasileira.
Tivemos a oportunidade de examinar o texto da PNDH-3 (parece até uma fórmula química). Há questões importantes que vêm sendo relegadas e o documento teve a sabedoria de colocá-las em pauta: A questão agrária no Brasil – já que, desde as capitanias hereditárias, o País foi sendo devorado por grileiros e latifúndios, resultando na violência, escravidão e ações que levaram a extinção muitos povos indígenas. A garantia da terra ao pequeno agricultor, o assentamento de famílias com tradição rural, que não querem viver nas deprimentes favelas urbanas – são ações políticas de governo necessárias – dentro do Estado de Direito vigente. O mesmo deve ocorrer com relação à demarcação de terras das nações indígenas e comunidades kilombolas, em todo o País. Da mesma forma é necessário prover grande parcela da população, oriunda da escravidão negra e da exploração do trabalho no interior, de condições salubres e dignas, nas cidades – evitando centenas de mortos, como ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, em função da ocupação desesperada de encostas por milhares de famílias em busca de um lugar prá viver e trabalhar.
O mundo e o Brasil precisam adotar políticas e planejamento voltado a conter a sanha predatória – promovida pelo agronegócio (banqueiros, etc.), indústrias poluentes, etc. Nesse sentido o PNDH-3 é positivo quando fala em manejo sustentável, preservação ambiental, apoio ao extrativismo e defesa dos povos das florestas e ribeirinhos – que vivem em harmonia com o ambiente natural. Por outro lado, o próprio governo, com sua política energética, ameaça grandes mananciais da biodiversidade com projetos de construção de hidroelétricas na Amazônia legal. É um contra-senso!
O documento vem sendo criticado especialmente por setores da Igreja católica e evangélica – apesar do silêncio da grande maioria dos bispos e de líderes evangélicos.
O documento, quando se refere a direitos de minorias parece adotar o proselitismo. Não se fala, nesses termos, em defesa ou melhoria da liberdade religiosa, do incentivo à juventude a padrões de comportamento que valorizem os mestres e seus progenitores, nem da preservação do Estado de Direito, nem em defesa da Constituição Brasileira.
O grupo que está nos bastidores desse documento tem em mente a transformação, de certa forma forçada, da mentalidade social brasileira. Também advogamos o fim da opressão e do desrespeito a dignidade humana e as particularidades individuais – porém gastar dinheiro público para políticas que favoreçam uma ”desconstrução da normatividade” é querer impor a sociedade um padrão que a mesma tem o direito de rejeitar. Não bastam Redes de TV – em sua luta cotidiana e programática – através de filmes, novelas, reality shows, programas de auditório, etc., a induzir a juventude a formas de permissividade, vícios, consumismo, sexo precoce, etc.? Caberia também o Estado o papel imiscuir-se na sociedade para impor novos padrões de comportamento? Já dizia Lao Tse, há cerca de 3 mil anos, que “o melhor governo é o que menos governa
Observe esse parágrafo: “Recomenda-se aos municípios implementar serviços e programas especializados no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e suas famílias, bem como a seus agressores”. Será que, no caso de violência sexual promovida por um pedófilo (agressor) o mesmo, em vez ser julgado e condenado a pena prevista na lei, iria para um tratamento médico, quem sabe numa clínica particular – afinal ele não estaria apenas exercendo o direito de sua opção sexual? Esse parágrafo da margem a esse tipo de interpretação! Em vez de cadeia o mesmo teria assistência social com dinheiro público! Se for assim o sindicato dos ladrões poderia achar que seus associados seriam discriminados por não receber tratamento gratuito em instituições governamentais de saúde! – em vez de mofar em cadeias superlotadas, verdadeiras academias do crime
Apesar de mais de 90% da população ser contra o aborto como meio de evitar a gravidez o documento declara que o governo e a sociedade devem “apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Uma mulher pode decidir sobre seu corpo mas não tem o direito de tirar a vida, seja de que forma for de um ser que ela mesma e seu parceiro geraram através de um ato sexual. Há uma lei moral e divina inscrita no coração da grande maioria cristã, seja evangélica, católica ou espírita, que repudia práticas criminosas – e os direitos humanos dos não-nascidos, onde é que ficam? – na lata de lixo de clínicas que faturam milhões com a morte de inocentes?
Milhares de mulheres, em função principalmente do desrespeito a seus direitos humanos, foram forçadas a cair na prostituição – a grande maioria, por certo, preferiria uma vida e uma profissão mais condizente com a própria natureza e dignidade e de acordo com sua consciência. Muitos meninos e meninas foram induzidos e forçados a prática da prostituição por motivos diversos – principalmente pelo assédio e também em função a existência perniciosa do tráfico humano no Brasil. No entanto o governo quer tapar o sol com a peneira e se propõe a “Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo”. Dezenas de milhares de mulheres encontraram apoio e conseguiram mudar seu viver através da ação de religiosos e igrejas, no Brasil – porém o governo quer nadar contra a corrente, talvez desconhecendo (!) interesses ocultos – pois prostituição e turismo sexual enriquecem muitos empresários – mas o mesmo não se pode dizer das “profissionais do sexo”.
Todos têm direito a viver sua vida, porém o Estado não tem direito de impor a sociedade, através de pressões ao legislativo ou judiciário, “ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos”. O PNDH-3 quer “desconstrução da heteronormatividade”, como se a sexualidade criada por Deus, (Chamem-no de Evolução ou Destino, se quiserem) que garante a preservação da grande maioria das espécies, fosse algo nocivo que deva ser desconstruído!
Todo cidadão brasileiro tem direitos e deveres para com o País e a sociedade. Leis que privilegiem determinados grupos contrariariam a Constituição Brasileira. Em nome de direitos humanos muitas pessoas, que não são obrigadas a pensar e agir como determinadas minorias, vêm sendo multadas, julgadas e condenadas em países da Europa e EUA – sem falar das ditaduras socialistas, na Ásia.
Outra proposição do Plano: “Realizar relatório sobre pesquisas populacionais relativas a práticas religiosas, que contenha, entre outras, informações sobre número de religiões praticadas, proporção de pessoas distribuídas entre as religiões, proporção de pessoas que já trocaram de religião, número de pessoas religiosas não praticantes e número de pessoas sem religião” – se o Estado é laico, porque esse interesse estatal? Em regimes autoritários é comum não apenas a investigação de cidadãos religiosos – mas também a perseguição, tortura e morte, e imposição de religiões controladas pelo Estado ateu. Qual seria a intenção subjacente a esse tipo de proposta?
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, da qual o Brasil é signatário, garante a liberdade de opinião e religião no Brasil. Impor a sociedade brasileira leis que negam essa declaração e a própria Constituição Brasileira são tentativas de minar a Democracia.
O PNDH-3 deve ser alvo de críticas – favoráveis ou não – sugestões, reflexões em busca de aperfeiçoar, realmente, o Estado de Direito, no Brasil. Não podemos nos esquecer que a Lei emana do povo e em seu nome é que a cidadania deve ser exercida. Os brasileiros rejeitaram as leis de exceção, o entulho autoritário – não podemos seguir por esse desvio!

segunda-feira, 12 de abril de 2010


CHICO XAVIER,
PSICOGRAFIA,
NECROMANCIA E
MANIPULAÇÃO
O espiritismo moderno tem raízes em antigas culturas, desde o Egito, passando pela Babilônia e povos da Palestina. Há quem afirme que sua prática teve início no Jardim do Éden, quando Lúcifer entrou numa serpente e enganou os primeiros pais, levando-os, atraídos pela cobiça, a cair em tentação. Desde então o ser humano deixou o estado de inocência imortal, sofrendo as conseqüências do erro: a perdição e a morte. Deus, porém, segundo o Gênesis, não abandonou a raça humana, prometendo um salvador.
Podemos ler em Gênesis 3.14-15: “O Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
Naquele momento Deus estava garantindo a vinda de Jesus Cristo – o descendente da mulher - que feriu a cabeça da antiga serpente. Jesus deixou-se imolar como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, para justificar pecadores de todas as gerações, que crêem unicamente nele como seu Salvador e Senhor.
Quando milhares de brasileiros celebram o centenário da ilustre figura de Chico Xavier é natural abordar uma questão tão importante para a vida espiritual do povo brasileiro. Assim, muitas perguntas surgem: O que a Bíblia, o livro sagrado dos judeus (Antigo Testamento) e dos cristãos (Antigo e Novo Testamento) fala a respeito da adivinhação, necromancia (evocação de mortos) e outras práticas nas quais multidões buscam respostas e consolo para suas vidas?
Em Deuteronômio 18.9-12 a proibição é clara: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor”.
Paulo de Tarso, conforme Atos dos Apóstolos 16.16-26, curou uma jovem escrava, possessa de espírito adivinhador – fato que contrariou seus donos, pois adivinhando dava grandes lucros a eles. Essa jovem estava seguindo a Paulo e dizia: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação”. Paulo voltou-se para ela e disse ao espírito maligno: “Retira-te dela. E ele, na mesma hora saiu”. Por causa disso Paulo e Silas foram açoitados e presos em Filipos.
O povo brasileiro é um povo de fé que, mesmo enfrentando tantas adversidades, corrupção política, etc., busca a verdade, com sinceridade. Há liberdade de expressão e religião e devemos amar e respeitar uns aos outros. Entre os que seguem doutrinas espíritas há milhares de grandes e ilustres homens e mulheres - são cidadãos exemplares, que causam boa impressão e até deixam muitos cristãos envergonhados, por sua conduta ética responsável e solidária. Deixamos claro, pois, neste texto o sentido da nossa intenção que é a refletir e buscar a verdade com toda a sinceridade e respeito aos nossos leitores.
E admirável como a Bíblia não esconde os defeitos de seus personagens, mesmo sendo figuras fundamentais, como Abraão, chamado de “o pai da fé”; não esconde as mazelas e graves pecados de adultério do rei Davi e seu envolvimento na morte de Urias, após adulterar com Beth Seba, sua esposa; não esconde o fato de Pedro negar Jesus na hora mais difícil de sua prisão e condenação por Pilatos e a cúpula religiosa representada pelo Sinédrio. Há os que preferem seguir e confiar em mitos, inclinando sua fé e dedicando sua devoção a homens e mulheres falíveis – como todos nós – negando o culto ao Deus verdadeiro.
Há os que seguem e estudam o Evangelho de N.S.Jesus Cristo – evangélicos e católicos – e há os que seguem o Evangelho Segundo o Espiritismo, decodificado no século passado pelo francês Allan Kardec. Entre eles, o cidadão chamado Chico Xavier cuja biografia alavancou a prática do Espiritismo no Brasil – em função de obras sociais e, especialmente, pelas práticas ligadas a contatos com espíritos do além – ou espíritos desencarnados, como os nominam. Não temos a intenção de julgar ninguém, pois todo julgamento cabe ao Juiz Supremo, mas devemos refletir sobre esse personagem tão importante e controverso do nosso Brasil – quando homenagens, produções cinematográficas e artigos pipocam em função do centenário de seu nascimento.
A Revista Superinteressante (N.277), por exemplo, publicou em sua última edição uma reportagem de Gisela Blanco que vem atraindo a atenção, prós e contras, de críticos e seguidores de Chico Xavier. Afirma que “há cem anos nascia o homem que faria brasileiros de todos os credos acreditar na vida após a morte”. Essa afirmativa é totalmente equivocada, pois tanto os judeus, cristãos como muçulmanos acreditam, há milênios, na imortalidade da alma. Porém a reportagem toca em questões e relata testemunhos que tiram de Chico essa aura de perfeição e integridade que procuram fazer dele um ser mítico capaz de continuar a arrebanhar multidões para a fé espírita. Os números são superlativos: 25 milhões de livros vendidos e milhões de seguidores! Sua fama foi conquistada, segundo a reportagem, graças à “psicografia de cartas dos mortos” a familiares aflitos e desejosos de noticias confortadoras do além. Um exemplo é do casal David e Sônia, morto aos 19 anos. David desconfiava da autoria das cartas, porém ficou convencido: “Em uma das sessões de psicografia, um cheiro delicioso de gardênias invadiu a sala. Depois veio uma mensagem assinada por Roberto: "mãezinha querida, dedico essas flores a você” Porém muitos colocaram a prática sob suspeita, conforme a revista, quando centenas de pessoas se acotovelavam para serem atendidos pelo médium: “Funcionários do centro espírita iam à fila pegar detalhes dos mortos. Ou aproveitavam as histórias relatadas por parentes nas cartas em que pediam uma audiência. As mensagens de Chico continham essas informações”, diz o médico Waldo Vieira, com quem Chico dividiu o trabalho no centro entre 1955 e 1969”. O jornalista Marcel Souto Maior escreveu o livro “As vidas de Chico Xavier” onde afirma que Chico e o Dr. Waldo Vieira “produziam textos complementares assinados pelo mesmo autor”. Nos anos 50 um sobrinho do médium, Amauri Pena Xavier, que também psicografava, deu uma entrevista ao jornal Diário de Minas. Conforme Superinteressante, ele disse: “Aquilo que tenho escrito foi criado pela minha própria imaginação”. Ele também teria insinuado que as cartas de Chico Xavier poderiam ser uma fraude: “Assim como tio Chico, tenho enorme facilidade para fazer versos, imitando qualquer estilo de grandes autores. Com ou sem auxilio do outro mundo, ele vai continuar escrevendo seus versos e seus livros”.
Superinteressante também recorda a seus leitores a reportagem feita para a revista Realidade, em 1971 pelo jornalista premiadíssimo José Hamilton Ribeiro: “E denunciou que havia truque ali". José Hamilton escreveu: “Meu fotógrafo viu um dos assessores de Chico levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. As pessoas pensavam que o perfume vinha dos espíritos”. Na mesma reportagem Zé Hamilton relatou um caso fictício de alguém que teria morrido, para ver a reação do médium e recebeu a resposta numa carta psicografada por Chico e assinada por essa pessoa que nunca existiu.
Escrevendo a Igreja da Galácia São Paulo aconselha os cristãos, dizendo: “Ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gálatas 1.6-9). Infelizmente vivemos hoje numa época em que muitos cristãos, tanto evangélicos como católicos, inclusive líderes, sucumbem a um sincretismo perigoso que os afastam da verdade bíblica. Por isso mesmo Jesus disse a um grupo de religiosos sinceros e bem intencionados: “Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus” (MT 22.29)


domingo, 4 de abril de 2010



RUDE CRUZ: O MARAVILHOSO HINO
NA VOZ DO INESQUECÍVEL JESSÉ


Este é um dos mais tocantes clássicos da música cristã reformada (Evangélica), com a interpretação do cantor Jessé Florentino Santos. Jessé começou sua carreira nos anos 70 e ficou famoso quando ganhou o prêmio de melhor intérprete no Festival MPB Shell, da TV Globo, em 1980. Como Elvis Plesley amava a música que glorifica a Deus e dedicou o melhor de sua voz para cultuar a Deus. Jessé faleceu em 29.03.1993, num trágico acidente, quando viajava no Paraná, em um de seus compromissos musicais. Jessé gravou 12 discos e pelo menos um deles dedicado exclusivamente a música cristã.
O clássico Rude Cruz, que ele interpreta no vídeo acima, foi escrito em forma de poema pelo Rev. George Bennard, que nasceu em Ohio, em 1873. Bennard perdeu seu pai ainda muito jovem e teve que cuidar do sustento de sua família. Converteu-se através do trabalho do Exército da Salvação, onde iniciou sua atividade como pregador. Em 1913 o Rev. George achava-se em um momento de profunda meditação sobre a cruz de Cristo, quando escreveu a letra e a música de um dos hinos mais conhecidos no mundo - que foi cantado pela primeira vez por Ruby Anderson, numa convenção do Instituto Evangelistico de Chicago. O Rev. Bennard faleceu em 1958. Em 1920 Rev. Antonio Almeida, pastor presbiteriano, fez a belíssima tradução desta inspirada obra-prima para a língua portuguesa.
Eis os versos de RUDE CRUZ, que têm levado milhares de pessoas, em diversas partes do mundo, a renderem-se aos pés do Jesus, recebendo-o em seu coração como Senhor e Salvador:

"Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu como emblema de vergonha e dor.
Mas eu sei que na cruz,nesse dia, Jesus, deu a vida por mim, pecador!
Desde a glória dos céus, o Cordeiro de Deus, ao Calvário
humilhante baixou. Nessa cruz, para mim, há mistério sem fim,
porque nela Jesus me salvou.
Sim, eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar,
pois um dia, em lugar de uma cruz, a coroa Jesus me dará!
Nessa cruz padeceu, desprezado morreu,
meu Jesus, para dar-me o perdão.
Eu me alegro na cruz, dela vêm graça e luz, para minha santificação"


sexta-feira, 2 de abril de 2010

DEUS, UM DELIRIO - Debate entre darwinista X criacionista

[DEBATE] Deus, Um Delírio: O Debate - hard Dawkins & John Lennox.

C.S.LEWIS E O INTELLIGENT DESIGN

O atual movimento científico nominado INTELLIGENT DESIGN não é novidade para o pensamento moderno. Escritores como Bernard Shaw, Bergson, entre outros, já buscavam uma terceira via de compreensão para explicar a origem da vida. Veja o que o escritor e teólogo C. S. Lewis escreveu entre 1942-44:
"... só mencionei os pontos de vista materialis­ta e religioso. Para completar o quadro, tenho de men­cionar o ponto de vista intermediário entre os dois, a chamada filosofia da Força Vital, ou Evolução Criativa, ou Evolução Emergente, cuja exposição mais brilhante e arguta encontra-se nas obras de Bernard Shaw, ao pas­so que a mais profunda, nas de Bergson.
Seus defenso­res dizem que as pequenas variações pelas quais a vida neste planeta "evoluiu" das formas mais simples à for­ma humana não ocorreram em virtude do acaso, mas sim pelo "esforço" e pela "intenção" de uma Força Vital. Quando fazem tais afirmações, devemos perguntar se, por Força Vital, essas pessoas entendem algo semelhan­te a uma mente ou não. Se for semelhante, "uma mente que traz a vida à existência e a conduz à perfeição" não é outra coisa senão Deus, e seu ponto de vista é idên­tico ao religioso. Se não for semelhante, qual o sentido, então, de dizer que algo sem mente faça um "esforço" e tenha uma "intenção"? Este argumento me parece fatal para esse ponto de vista. Uma das razões pelas quais as pessoas julgam a Evolução Criativa tão atraente é que ela dá o consolo emocional da crença em Deus sem im­por as consequências desagradáveis desta. Quando nos sentimos ótimos e o sol brilha lá fora, e não queremos acreditar que o universo inteiro se reduz a uma dança mecânica de átomos, é reconfortante pensar nessa gigan­tesca e misteriosa Força evoluindo pelos séculos e nos car­regando em sua crista. Se, por outro lado, queremos fa­zer algo escuso, a Força Vital, que não passa de uma for­ça cega, sem moral e sem discernimento, nunca vai nos atrapalhar como fazia o aborrecido Deus que nos foi en­sinado quando éramos crianças. A Força Vital é como um deus domesticado. Você pode tirá-lo de dentro da caixa sempre que quiser, mas ele não vai incomodá-lo em ocasião alguma — todas as coisas boas da religião sem custo nenhum. Não será a Força Vital a maior invenção da fantasia humana que o mundo jamais viu
?".

quinta-feira, 1 de abril de 2010




A CELEBRAÇÃO
DA PÁSCOA

Os dias que antecedem a Páscoa são propícios para meditarmos no mistério da presença de Cristo. Ao mesmo tempo em que Ele voltou para o Pai, fez permanente Sua presença, desde o Pentecostes - guiando e consolando Sua Igreja. A estação da Páscoa é o período que compreende oito domingos que nos fazem lembrar a peregrinação de Jesus a Jerusalém e cada um dos passos de sua missão naquela cidade. Na antiga aliança a Páscoa referia-se a celebração dos judeus, que comiam pães sem fermento e ervas amargas lembrando o cativeiro no Egito e a passagem, para além do Mar Vermelho, em direção à terra prometida. Recordava também a passagem do anjo que levou a vida dos primogênitos do Egito, poupando as famílias em cujos umbrais de suas portas haviam pintado com sangue de um cordeiro sacrificado. Na Igreja apostólica a celebração teve seu significado ampliado no sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – Jesus Cristo – e sua gloriosa ressurreição. Jesus passou pela morte, venceu-a para nos garantir a vida eterna. O vocábulo nos conecta com a celebração da antiga Páscoa. Os primeiros cristãos entenderam a continuidade simbólica entre o cordeiro morto da Páscoa Judaica e o Cordeiro de Deus, sacrificado na Cruz do Calvário. De um modo semelhante à imagem do Êxodo foi reinterpretada. Como Moisés conduziu os Israelitas através do deserto, atravessando o Mar Vermelho - vencendo a escravidão no Egito e a Faraó, rumo à liberdade - assim Jesus Cristo,em seu sacrifício e na Sua ressurreição, nos liberta da escravidão do pecado e da morte, conduzindo seu povo à vida eterna!
A semana inicial da celebração da Páscoa, na Igreja antiga, teve um caráter distintivo. Os novos membros comungantes participavam de uma vigília de adoração Usavam roupões novos, brancos, oferecidos a eles depois do seu batismo. O pastor ensinava-os a compreender o significado da vida cristã ministrado nos ritos de iniciação: O batismo e a comunhão.Agostinho, Bispo de Hipona, ensinava os africanos recentemente batizados, dizendo: "Considerem-se como transportados para fora do Egito onde eram submetidos a uma severa escravidão e onde a injustiça reinava sobre vocês. Agora, tendo atravessado o Mar Vermelho, pelo batismo, no qual vocês receberam o selo de Cristo - firmado sobre a cruz sangrenta - vocês estão, por isso, livres dos pecados passados que os separava de Deus. Assim seus pecados foram perdoados". A água sobre a cabeça, ou a imersão do corpo, simboliza o novo nascimento – obra que não veio da vontade da carne, mas pela vontade misericordiosa de Deus, manifesto como Nosso Senhor Jesus Cristo. A Semana da Páscoa levava os neófitos a refletirem no significado do Batismo e da Eucaristia, que eles tinham participado pela primeira vez. Hoje Páscoa é o tempo mais apropriado para a igreja celebrar o Batismo e o sacramento da Ceia do Senhor. Até mesmo quando não houver ninguém preparado para Batismo é apropriado que a Igreja seja desafiada à reafirmação do compromisso congregacional do Batismo - que nos leva a lembrar o nosso morrer com Cristo e nossa participação em Sua ressurreição - como novas criaturas. Se os irmãos da Igreja recordarem da Páscoa em seu real significado - e não como mais um feriado, apenas - será mais uma oportunidade de reafirmar o batismo. Ao longo dos dias que antecedem a celebração da Páscoa somos convidados a compartilhar os fatos da Ressurreição de Cristo: As mulheres que encontraram a tumba vazia, os discípulos que haviam fechado as portas, temerosos; outros que foram pescar - voltando à velha vida. Somos convidados a compartilhar a história de Tomé - que duvidava - e crescer em nosso discipulado, vencendo nossas dúvidas e medos – ansiando seguir nosso Mestre, amorosamente. Podemos, também, percorrer a estrada de Emaús onde caminhavam dois discípulos entristecidos e temerosos. Eles foram encontrados pelo Jesus ressurreto e passaram a desfrutar da presença ardente de Cristo. Assim, devemos lembrar que Ele nos procura para nos consolar e fortalecer na jornada. Podemos, como aqueles dois, reconhecê-lo no partir do pão e no partilhar do cálice - a celebração da Comunhão, a Ceia do Senhor.A celebração eclesiástica da Páscoa não pode prender-se apenas a um olhar para uma tumba vazia, em Jerusalém, há mais de dois mil anos. Deve nos levar a refletir sobre o aqui e agora de nossa vida cristã. Lembrando de nossa morte – a negação do velho eu – simbolizada no batismo - e nossa ressurreição em Cristo, que se fez sacrifício vivo na cruz. Nosso coração deve arder de amor e em intercessão pelos irmãos que sofrem, perto ou longe – deve clamar pelos que são rejeitados e perseguidos por causa de seu testemunho. A presença do Consolador nos motiva ao exercício prático do amor ao próximo e a bendizer a quem possa nos maldizer ou maltratar. Pois fomos amados quando éramos inimigos de Deus e achados quando andávamos desgarrados e sem esperança.Celebramos o Bom Pastor - metáfora do cuidado divino para conosco. Imagem popular até mesmo em culturas que quase nada sabem sobre o cotidiano de pastores e suas ovelhas.
A Ascensão
Antes do quarto século eram celebradas, em uníssono, a ascensão do Senhor e a efusão do Espírito Santo como dois aspectos distintos e complementares da obra de Cristo Redentor. João Calvino sempre enfatizou a superlativa importância da Ascensão de Jesus - a quem foi dada toda a autoridade, no céu e na terra (Mt 28.18). Cristo‚ Senhor do mundo, fundador e o cabeça da igreja! Dessa forma, a ascensão de Cristo não interessa só a igreja, mas a toda humanidade e toda a criação - ao ser integral, tanto em sua dimensão espiritual, como social e política.O fato de Cristo ter ressurgido dos mortos e ascendido ao céu torna obsoleto qualquer outro paradigma de fé. Cristo reina supremo sobre todos os deuses da imaginação e devoção humanas!A Páscoa em algumas tradições foi celebrada como “Tempo de Alleluia". Durante a quaresma a Igreja deixava de cantar aleluia. Mas, ao raiar do domingo da ressurreição todas as celebrações e peregrinações, eram motivo para expressar através da música e do canto a alegria da Páscoa:
“Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor... Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5.12-13).
(José J de Azevedo)