sábado, 8 de novembro de 2008


AMAZING GRACE – Jornada pela Liberdade
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Neste mundo pós-moderno ainda é possível garimpar raridades. Uma delas é o filme “Amazing Grace” – o título em português é “Jornada pela liberdade”. O filme, com bela fotografia, conta a história do jovem líder William Wiberforce. Sua obstinação, movida por um coração submisso a Jesus Cristo, incendeia, gradaticamente, a consciência do parlamento inglês – levando ao arrependimento e, enfim, ao fim do miserável tráfico de homens africanos, criados à imagem de Deus. Com perseverança e fé o jovem William Wilberforce não se deixou dobrar até ver o mundo livre do nefando tráfico de seres humanos. O filme revela sua luta para criar uma lei com objetivo de acabar com o tráfico negreiro. Um de seus aliados foi John Newton , um ex-capitão de navio negreiro que compôs o famoso hino Amazing Grace. Newton revelou, com detalhes, em suas memórias a sórdida realidade do tráfico e escravidão de homens outrora livres. Arrependido, alvo da imensa graça do Senhor (Efésios 2.1-10) torna-se, ao lado de outros, em porta-voz de uma indústria criminosa na qual muitos cristãos nominais estavam envolvidos.
Não deixe de ver com seus filhos o filme que, uma vez mais, revela a um mundo descrente o poder de um cristão verdadeiro, movido pelo amor a Deus e pela manifestação de Sua justiça. David Livingstone, o missionário cristão que mais fundo penetrou o coração da África, em direção às nascentes do rio Nilo, juntamente com Henry Stanley, também foram grandes abolicionistas, revelando ao mundo os massacres ocorridos no interior do continente africano, onde tribos inteiras eram compradas por mercadores árabes e vendidas junto ao porto de Zanzibar, de onde partiam os navios com a carga humana que seria entregue na América em troca do açúcar que iria adoçar o chá de uma Europa então materialista, presunçosa e decadente.
O movimento abolicionista no Brasil, liderado entre outros, pelo poeta Castro Alves foi responsável pela assinatura da Lei Aurea, em 1888, que colocou fim a escravidão negra no Brasil. Cantou o poeta: "Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri!". Infelizmente a mentalidade escravocrata e predatória ainda permanece no interior brasileiro - fazendo engrossar milhões de barracos nas metrópoles, onde cidadãos brasileiros, grande parte formada por afro-descendentes e mestiços, sobrevivem precariamente.

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