quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CONSPIRAÇÃO & CULTURA


Conspiração
teoria ou realidade?

Há fatos no mundo atual que nos deixam intrigados, inquietos e, mesmo, indignados. O que está acontecendo com a tão celebrada civilização ocidental? Porque essa decadência numa seqüência tão irracional, veloz e absurda? Em 1997 foi lançado nos EUA o filme “Teoria da Conspiração”, estrelado por Mel Gibson e Julia Roberts – a história de Jerry Fletcher, um motorista de taxi que critica o governo e fala sempre da existência de uma conspiração envolvendo altos escalões. Abordamos, aqui ,o aspecto conceitual e espiritual da possibilidade – pois nem sempre percebemos uma intenção racional em fatos reais. Porém é claro perceber uma geratriz espiritual, maligna, que inspira a degradação.
Venha, vamos percorrer os olhos numa locadora de vídeo qualquer: centenas de títulos apelam para o grotesco, a violência doentia, a sexualidade associada ao aberrante, ao conflito. Apenas olhar títulos e capas já nos trás sentimento de angústia e náusea; o horror e o tenebroso à disposição de qualquer adolescente. Pára em teu sofá e reflita sobre os programas de TV – nos filmes, a manipulação, o efeito demonstração, o subliminar: tipo: faça tatuagens, o aborto é uma opção racional , a mulher é dona de seu corpo, não ser favorável a militância gay é ser homofóbico, ir à igreja é caretice, pastores e padres são manipuladores, etc. Para as crianças de mães eternamente ocupadas com síndrome de Marta restam os desenhos animados que as querem violentas e perversas como o Pica-Pau, ou como os super heróis em seus atributos divinos – exaltando o humano como ser adorável levando a mensagem: use a violência, a magia e o mal para defender o bem!. Os pais alegremente compram romances para seus filhos que nada mais são que iniciação à bruxaria e os vestem para as festas de halloween. Manipulação sórdida na pré-escola!
Filmes “Cult”: sexo sem compromisso, normalmente drogados, a propaganda de cigarros e bebidas disfarçada em cenas dramáticas para capturar o jovem expectador, as aberrações chamadas de arte. A liberdade pregada é a libertinagem e suas conseqüências, trágicas, sofridas. Olha para as famílias: pais e filhos se agridem, não dialogam, foram colocados numa arena.
São exemplos de uma conspiração a passos largos. Ligue a Internet - faca de dois gumes - e examine as mensagens, o leque e os acenos à disponibilidade de qualquer idade. A comunicação cada vez mais virtual e o real, na alma, empobrecido, entorpecido.
O resultado é confirmado pelos teólogos da pós-modernidade, que colhem no caos e lucram com o desespero – sem piedade real, sem discipulado – Cristo desfigurado; a Bíblia grifada para jargões utilitários – além das edições interesseiras, culto ao deus prosperidade! A filosofia anda num beco sem saída, cada vez mais escuro e sem esperança.
Uma conspiração? Uma orquestração infernal? O já condenado deus do entretenimento cada vez mais ousado. Tudo isso levando o ocidente a uma mentalidade cada vez mais dissociada dos valores que deram estabilidade a muitas nações e forjaram economias estáveis e equidade social.
A juventude vítima de pensadores que viam nas drogas uma segunda mão para a espiritualidade – o que era modismo nos anos 60 virou indústria bilionária em mãos de poderosas organizações que penetram com seus tentáculos no cerne da sociedade, minando democracias, corrompendo e gerando confrontos armados e balas perdidas. Veja os noticiários da TV, personagens desumanizados e as tragédias cotidianas. O egoísmo crescente e as manipulações, os jogos antidemocráticos pervertendo a vontade popular ainda consciente de valores e costumes eleitos como dignos. Nessa teia de interesses menores a democracia sofre, a minoria tenta impor sua vontade sobre a Constituição.
Conspiração? Sim há muitos respirando juntos, alimentados por uma literatura que perdeu a nobreza, artistas que trocaram a virtuosidade pela fama e pela grana, escritores soberbos que jogam a tradição na lata do lixo e afirmam que isso é talento. O paganismo crescete e religiões orientais cortejadas.
Richard Foster em “Celebração da disciplina” disse com propriedade que a superficialidade é uma das pragas do nosso século e o teólogo Francis Shaeffer diagnosticou nossa cultura: forjada sobre raízes corrompidas!
Na Europa, por tudo isso, decresce a natalidade – muitos preferem adotar cães, por fobia a crianças – e a imigração islâmica faz a religião muçulmana crescer enquanto o cristianismo enfraquece e decresce – igrejas viram museus, danceterias ou Mesquitas.
Sabemos que os poderes financeiros se aglomeram e que há uma intenção, uma agenda sinuosa, em ação. Há grande movimentação no mercado da informação e, mais que nunca, o deus dinheiro – virtual – é adorado no altar consumista de cada casa – mesmo entre as que dividem seu coração com o Deus da Bíblia – cuja revelação nasceu numa cultura oriental . Afirmou C.G.Jung: “A terrível compulsão da consciência para o bem, a poderosa força moral do cristianismo falam não só à favor do cristianismo mas demonstram também a força de seu adversário recalcado e reprimido – o elemento bárbaro, anticristão”. No auge do nazismo, falando sobre a massificação descreveu: “Quanto maior a organização, menor a qualidade moral de seus membros e menos responsáveis em suas decisões” (paráfrase).
O desafio é crescente e o mundo, depois da queda, nunca foi um parque de diversões. Fortaleçamos corações e mentes, nutrindo a vida na comunhão e compromisso crescente com o Único que “nos livra da ira vindoura

José J. de Azevedo
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