terça-feira, 26 de outubro de 2010

A ORAÇÃO POLITICAMENTE INCORRETA DO PASTOR JOE WRIGHT

No dia 23 de janeiro de 1996 o pastor evangélico Joe Wright foi convidado a abrir as sessões anuais da Câmara dos deputados e senadores do Estado de Kansas (EUA) – e surpreendeu a todos com o teor de suas palavras dirigidas a Deus. Publicamos abaixo o teor da oração, com tradução em espanhol de fácil compreensão para nós, brasileiros. Quando solicitaram sua participação na solenidade todos esperavam que ele ficasse restrito a generalidades habituais, mas o que eles ouviram foi a oração de um verdadeiro servo de Deus, um profeta do nosso tempo. Pelo menos um dos senadores deixou o recinto enquanto o pastor orava. Outros fizeram discursos criticando o pastor, considerando-o “fundamentalista” e “radical”. A oração foi divulgada nacionalmente através do programa de Paul Harvey – e ficou conhecida como “Oração do arrependimento”. O pastor não pertence a “Central Catholic Church”, como foi divulgado no Brasil em uma apresentação Power-point. Ele faz parte dos ministros da Igreja Cristã Central de Wichita (site:http://www.ccc.org/).

Pastor Joe Wright Prayer in Kansas House of Representatives (You Tube):

sexta-feira, 15 de outubro de 2010



SETE QUEDAS PARA SEMPRE

Conhecemos o Parque Nacional de Sete Quedas no final dos anos 70 - quando se falava de utilizar o potencial hidrelétrico do rio Paraná e suas quedas, para a construção da "maior usina hidroelétrica do mundo". Vivíamos ainda sob o regime autoritário e o projeto Itaipú foi imposto pela tecnocracia - em vez do Projeto Sete Quedas, de autoria do Eng.° Marcondes Ferraz, que fora apresentado ao governo constitucional de João Goulart (que previa a utilização do potencial energético, de forma a preservar o Parque Nacional de 7 Quedas e evitar a inundação de milhares de km2 de terras férteis (desterrando milhares de famílias e a tribo dos índios Avá Guaranis). Ficamos admirados com a beleza e grandeza de Sete Quedas - que eram as maiores quedas do mundo, em volume d'água. Desde então fizemos várias visitas, conhecemos em Guaira outros defensores do Parque Nacional. Formamos um grupo de ambientalistas para defender as cachoeiras, que ganhou o nome de SETE QUEDAS PARA SEMPRE. Em 1982, ano em que a destruição teve início, gravamos a música 7 Quedas para Sempre, que foi finalista no 6° Festival de Música Ecológica de Piracicaba, patrocinado pelo SESC - Serviço Social do Comércio/SP. A composição musical da trilha sonora do presente trabalho , a música chamada 7 Quedas Para Sempre é de Marisa Lugli e Rosangela Campi , com arranjo de Antonio Hélio Teixeira da Silva. A música é interpretada pelo Grupo Nova Dantzig, de Cambé-PR. Tanto os slides (fotos) como a letra da música é de autoria de José Julio de Azevedo - na época jornalista na Folha de S.Paulo e colaborador na Revista Planeta. As fotos foram tiradas em diversas viagens a Guaira - quando ficavamos acampados junto a casa de Pedemar Maraguara Porã - índio Ipixuna do norte do Amazonas, que ali viva. Na ocasião ele nos deu um depoimento que foi publicado por Ednilton Lampião (de grata memória) na Revista Planeta. Juntamente com outras entidades ambientalistas, especialmente de São Paulo, buscamos sensibilizar a população, bem como intervir junto ao Governo Federal - que alegava a irreversibilidade do projeto Itaipu. Durante a realização do "Quarup Sete Quedas" (movimento conformista) membros do Grupo Nova Dantzig, inclusive o autor destas fotos, foram detidos pela PF, e liberados em seguida.
O presente acervo tem os direitos autorais reservados na obra Sete Quedas Para Sempre (devidamente registrada no E.D.A - Biblioteca Nacional) - proibida a reprodução para fins comerciais ou públicos sem a expressa autorização do autor das fotos e dos autores da música.

SEVEN FALLS FOREVER

We met the National park of the 7 Falls in the end of the seventies - when it was already spoken about using the hydroelectric potential of the river Paraná and their falls, for the construction of the "larger hydroelectric plant of the world." We still lived under the authoritarian regime and the project Itaipú was imposed by the technocracy - instead of the Project Seven Falls - of Eng.° Marcondes Ferraz, that had been introduced to the constitutional government of João Goulart (that foresaw the form use to preserve 7 falls and to avoid the flood of thousands of km2 of fertile lands). We were admired with the beauty and greatness of Seven Falls - that were the largest falls of water of the world, in volume of water. Ever since
we visited, we knew in Guaira other defenders of the National park. We formed a group of environmentalists for to defend the waterfalls, that it won the name of SEVEN FALLS FOREVER. In 1982, year in that the destruction had beginning, we recorded the music 7 Falls forever, that it was finalist in the 6° Festival of Ecological Music of Piracicaba, sponsored by SESC - Social service of Comércio/SP. The musical composition of the soundtrack of the present work, the music called 7 Quedas Para Always it is of Marisa Lugli and Rosangela Campi - the arrangement had the participation of Silva's Antonio Hélio Teixeira. The music is interpreted by the Group New Dantzig, of Cambé-PR. So much the slides (pictures) as the letter of the music it is of authorship of José Julio of Azevedo - at that time journalist in the Leaf of S.Paulo. The pictures were féitas in several trips Guaira - when we were camped house of Pedemar Maraguara Porã - Indian Ipixuna of the north of Amazon, that there lives. In the occasion he gave us a deposition that was published by Ednilton Lampião (of thankful memory) in the Revista Planeta. Together with other entities environmentalists, especially of São Paulo, we looked for to touch the population, as well as to intervene the federal government close to - that alleged the irreversibilidade of the project Itaipu. During the accomplishment of "Quarup Seven Falls" (I move conformist) members of the New Group Dantzig were stopped by PF, and liberated in following.

The present collection Always has the reserved copyrights in the work Seven Quedas Para (properly registered in E.D.A - National library) - forbidden the reproduction for ends commercial or public without the author's of the pictures expressed authorization and of the authors of the music. (José J de Azevedo)

sábado, 2 de outubro de 2010


MARINA SILVA: “UMA MENINA QUE VENCEU
A MALÁRIA AMAZÔNICA
ELEVA O NÍVEL POLITICO DE UMA NAÇÃO”
(Tradução livre)

O site do célebre Jornal New York Times, em agosto deste ano, traçou o perfil de Marina da Silva
que hoje concorre a Presidência da República. Esse traço biográfico não foi tão marcantemente descrito, a meu ver, em periódicos, virtuais ou não, em nosso País. Se um nordestino metalúrgico surpreendeu o Brasil chegando à Presidência da República, pode estar chegando a vez de uma acreana surpreender o mundo, liderar o País, e se tornar uma das mulheres de maior poder, no planeta. Essa é a história de uma menina que nasceu no meio da floresta amazônica – forjada em meio a natureza vigorosa - que adquiriu poderosos anticorpos para vencer doenças na infância, perdas e carências na pré-adolescência , enfrentar e vencer a fúria insana de grileiros, – que tiraram a vida de Chico Mendes mas nunca puderam deter essa brasileira da gema! Marina, que venceu as injustiças e adversidades que enfrentam os brasileiros no "Brasil profundo", conquistou seu diploma em Rio Branco e vem surpreendendo o mundo com suas conquistas: Senadora, Ministra e, se Deus quiser, futura Presidente do Brasil. Em seus discursos busca unir as forças vivas e saudáveis de uma Nação marcada pela corrupção e desigualdades sociais levantando a bandeira verde da esperança - elegendo a vida, humana e natural, como valor supremo a ser defendido!


O PERFIL DE UMA
MULHER CORAGEM,
SEGUNDO O
NEW YORK TIMES

"A vida de Marina Silva, vida começou no coração da Amazônia. Com 11 anos de idade ela caminhava nove milhas para ajudar os pais na coleta de borracha, nas florestas. Como um ícone do movimento ambiental, vem dedicando a vida na proteção da floresta tropical. Aos 16 anos, analfabeta e com hepatite, a Sra. Silva deixou sua casa em direção a cidade de Rio Branco, em busca de tratamento médico e escola. Depois de aprender a ler e escrever, aos 16 anos, continuou seus estudos até graduar-se numa faculdade. Tornou-se professora, envolvendo-se na militância política.
Marina trabalhou ao lado de Chico Mendes, seu amigo e ativista ambiental – grande defensor das reservas naturais de seringueira. Ele foi morto por jagunços em 1988, a mando de grileiros de terras públicas. Quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito o presidente do Brasil, em 2002, escolheu a Sra.Marina da Silva para ser Ministra do Meio Ambiente – que criou um plano nacional para combater a crescente destruição de reservas florestais e preservando para a posteridade uma reserva indígena asperamente do tamanho do Texas.
Há vários meses deixou o Partido dos Trabalhadores em função de conflitos com relação a políticas ambientais, que encontrava barreiras dentro do próprio governo Lula. Uniu-se ao PV – Partido Verde, e tornou-se candidata a Presidência da República
Sua história é a de uma mulher humilde que superou a pobreza extrema e a doença para se tornar uma força política expressiva e inspiração aos brasileiros que buscam um Presidente que substitua o popular Lula, que também veio de origem humilde – lembram analistas políticos.
“Marina é uma pessoa que conquistou s próprias asas e não é surpreendente descobrir que esses podem voar”, disse Jorge Viana, o ex-governador do Acre, estado onde nasceu Marina Silva.
A candidatura de Marina contraria a de Dilma Rousseff, que foi Ministra-chefe da Casa Civil do governo. Lula foi quem a escolheu, pessoalmente, para sua sucessão. Os analistas políticos dizem que as duas mulheres enfrentaram conflitos, desde 2003, em função da política de desenvolvimento econômico da nação, inclusive projetos de energia (hidroelétricas na Amazônia) que Marina Silva questionou por razões ambientais e econômicas.
Marina Silva tem “virado para cima as cartas do baralho” - disse David Fleischer, professor de ciência política na Universidade de Brasília. Se uma das mulheres ganhar a eleição elas terão feito História. O Brasil nunca teve uma mulher como presidente. Além disso, o país nunca teve um presidente negro; e o sangue africano também corre nas veias de Marina [ o vigor da raça!]
Marina da Silva renunciou ao cargo de Ministra do Meio Ambiente no ano passado, depois de expressar grave preocupação pelo fato do governo ceder sob a pressão do agro-negócio A oposição oficial do governo, contrariando o avanço em busca da sustentabilidade racional para o País fez com que ela voltasse ao Senado Federal, onde continuou forjando bases para seu ideal de uma sociedade auto-sustentável.
Em sua entrevista a este jornal (New York Times) Marina, 51 anos, disse que se sentiu frustrada com a luta de bastidores no sentido do governo avançar na estratégia de desenvolvimento econômico sustentável. Disse Marina: “Tive a oportunidade de buscar construir um futuro novo para o Brasil e para o planeta. Prefiro, nessa circunstância, avançar com minha esperança nesta direção” – disse referindo-se a sua filiação ao PV – Partido Verde.
Enquanto muitos a admiram, alguns analistas políticos dizem acreditar que problemas de saúde, vencidos por Marina no passado poderão alavancar sua responsabilidade política na corrida presidencial. Por outro lado pesaram preocupações pela quimioterapia de Dilma Rouseff no tratamento de um linfoma – levando alguns partidários do presidente Lula a buscar um candidato diferente para seu sucessor. Os brasileiros ainda se lembram do caso de Tancredo Neves, um presidente-eleito, popular, que ficou severamente doente em 1985 e morreu antes de tomar posse do cargo de presidente do Brasil.
Nascida em Seringal Bagaço, uma comunidade pequena de coletores de borracha, no Estado do Acre, Marina Silva era uma dos 11 filhos da sua família, das quais três morreram – [em função de um sistema secular de exploração predatória da natureza e exploração dos mais pobres, povos das florestas] O vizinho mais próximo da sua família vivia a uma distância de uma hora através da densa floresta. Rio Branco, a capital, ficava cerca de 40 milhas [64 kms]. Chegou a levar uma semana para chegar em casa, numa estação chuvosa – disse ela..
Enfermidades sempre foram comuns na região amazônica – o que também abalou a sua família . Sua mãe faleceu quando Marina tinha apenas 11 anos e duas irmãs mais novas morreram por causa do sarampo e da malária" (José J Azevedo).
Texto original:
http://www.nytimes.com/2009/08/29/world/americas/29silva.html)