José Dirceu critica Movimento de Combate a Corrupção
O Estadão de 14.11.2011 publicou a opinião do militante José Dirceu, ex-ministro e réu cassado no processo do mensalão, com relação a manifestações anticorrupção, que vem crescendo nos centros urbanos. Afirmou ele que as atuais manifestações pela ética e honestidade na vida política, bem como no trato dos recursos da Nação, não passam de uma “luta moralista”.
O dicionário Aurélio define a moral como o “conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada”. As palavras do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula parecem tentar impingir uma conotação negativa, tanto para com o movimento como para o moralista, isto é cidadãos que escrevem sobre moral, preconizam idéias e preceitos morais e defendem uma práxis existencial baseada na moralidade.
O que é moralidade? A palavra diz respeito ao conjunto das nossas faculdades morais; brio, vergonha; o que há de moralidade em qualquer coisa. Todo cidadão e todo político, partidário ou não, deve ver com bons olhos o atual movimento pela moralidade. Afinal, quem não deve, não teme! Toda Democracia tem base na liberdade de opinião e critica – sem ela a decadência avulta, contaminando a mentalidade e abalando os fundamentos de um País que anela a civilidade e a decência
Há aqueles que consideram a moral como algo ultrapassado, coisa dos nossos avós, que honravam sua palavra, cumpriam suas promessas e não trafegavam em biografias marcadas pela afirmativa de que “o fim justifica os meios”.
Saudamos e apoiamos o atual movimento anticorrupção. Todo cidadão, de alguma forma, honesto, trabalhador, brioso da própria consciência, exige a moralidade como paradigma. A corrupção no Brasil consome bilhões anuais do erário público enquanto que grande parcela da população sobrevive precariamente com a ausência dos benefícios preconizados na Constituição Brasileira – seja na saúde, no saneamento, segurança, etc. Ela é tão nociva quando um cidadão tenta corromper um guarda de trânsito quanto um fiscal que aceita suborno para fazer vista grossa ao contrabando, como ao político que legisla em causa própria, aumentando os próprios salários de forma despudorada e cínica frente a milhões de crianças desnutridas ou a aposentados que morrem em filas do SUS.
A culpa pesa nos ombros – ou devia pesar – dos poderes legislativo, judiciário e executivo – e em outros setores da sociedade. Não há paz, nem verdadeiro progresso social e espiritual em uma Nação se os maus exemplos vem daqueles que deviam portar-se de forma exemplar, por ocuparem posição privilegiada. Devem ser responsáveis ou responsabilizados! Até mesmo nossa Presidenta vem sendo criticada por demitir ministros envolvidos em desvio de recursos públicos!
O que o Brasil tem visto, passivamente, é uma roteiro maquiavélico e mesquinho de transgressões e falcatruas, desrespeito a lei escrita e a lei moral, que devem nortear uma verdadeira civilização. Não sejamos mesquinhos, porém, em atribuir a corrupção às últimas décadas - ela é uma doença centenária que precisamos expurgar, de nós mesmos em primeiro lugar - pautando a vida em valores espirituais e costumes sociais que toda boa consciência aconselha.
Cada brasileiro tem o direito e o dever constitucional de zelar pela moralidade no trato do que pertence a todos, seja nas questões ambientais, econômicas, sociais ou políticas. O povo exige que toda denúncia, respaldada na verdade documental, deve ser levada aos tribunais. As leis de exceção, que privilegiem classes – políticas, jurídicas ou executivas – sejam caducadas por uma Legislação que honre a afirmativa constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”. O eleitor deve ser educado na cidadania e os meios de comunicação tem o dever de contribuir para ensinar de forma didática e imparcial a cidadania – em vez de apresentar o circo deprimente de modismos exigidos por anunciantes – que vêm rebaixando o nível da dignidade juvenil.
A atual onda, o despertar da apatia para as ruas, em um clamor pelo fim da impunidade e pelo triunfo da justiça sobre a parcialidade, não é uma luta partidária – nem deve ser porque a atual epidemia imoral, informada pela imprensa, tem raiz num fazer político que se articula numa ética peculiar – alastrada em prefeituras, câmaras municipais, assembléias legislativas e até no Ministério Público - capaz de agravar o desequilíbrio social, sempre prejudicial aos menos letrados, de menos posses, menos informados e mais expostos ao avanço de toda espécie de injustiça favorecida por leis e jurisprudências que aviltam os mais pobres, seja nas favelas – impostas pela grilagem centenária de terras públicas – seja no campo, com o avanço dos latifúndios – seja nas regiões de floresta, onde o papel com carimbo de cartório – legal mas imoral – ou ilegal e imoral – desterra povos indígenas, agricultores familiares, expondo-os ao exílio nas cidades ou a semi-escravidão. Chega dessa imposição aviltante imposta por certa parcela da elite, que considera a moral e a hombridade algo fora de moda. Está na hora de reafirmar valores universais pelos quais a consciência grita!
O Brasil muda para melhor, de cima para baixo. Muitas vezes a voz do povo é a voz de Deus.
O dicionário Aurélio define a moral como o “conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada”. As palavras do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula parecem tentar impingir uma conotação negativa, tanto para com o movimento como para o moralista, isto é cidadãos que escrevem sobre moral, preconizam idéias e preceitos morais e defendem uma práxis existencial baseada na moralidade.
O que é moralidade? A palavra diz respeito ao conjunto das nossas faculdades morais; brio, vergonha; o que há de moralidade em qualquer coisa. Todo cidadão e todo político, partidário ou não, deve ver com bons olhos o atual movimento pela moralidade. Afinal, quem não deve, não teme! Toda Democracia tem base na liberdade de opinião e critica – sem ela a decadência avulta, contaminando a mentalidade e abalando os fundamentos de um País que anela a civilidade e a decência
Há aqueles que consideram a moral como algo ultrapassado, coisa dos nossos avós, que honravam sua palavra, cumpriam suas promessas e não trafegavam em biografias marcadas pela afirmativa de que “o fim justifica os meios”.
Saudamos e apoiamos o atual movimento anticorrupção. Todo cidadão, de alguma forma, honesto, trabalhador, brioso da própria consciência, exige a moralidade como paradigma. A corrupção no Brasil consome bilhões anuais do erário público enquanto que grande parcela da população sobrevive precariamente com a ausência dos benefícios preconizados na Constituição Brasileira – seja na saúde, no saneamento, segurança, etc. Ela é tão nociva quando um cidadão tenta corromper um guarda de trânsito quanto um fiscal que aceita suborno para fazer vista grossa ao contrabando, como ao político que legisla em causa própria, aumentando os próprios salários de forma despudorada e cínica frente a milhões de crianças desnutridas ou a aposentados que morrem em filas do SUS.
A culpa pesa nos ombros – ou devia pesar – dos poderes legislativo, judiciário e executivo – e em outros setores da sociedade. Não há paz, nem verdadeiro progresso social e espiritual em uma Nação se os maus exemplos vem daqueles que deviam portar-se de forma exemplar, por ocuparem posição privilegiada. Devem ser responsáveis ou responsabilizados! Até mesmo nossa Presidenta vem sendo criticada por demitir ministros envolvidos em desvio de recursos públicos!
O que o Brasil tem visto, passivamente, é uma roteiro maquiavélico e mesquinho de transgressões e falcatruas, desrespeito a lei escrita e a lei moral, que devem nortear uma verdadeira civilização. Não sejamos mesquinhos, porém, em atribuir a corrupção às últimas décadas - ela é uma doença centenária que precisamos expurgar, de nós mesmos em primeiro lugar - pautando a vida em valores espirituais e costumes sociais que toda boa consciência aconselha.
Cada brasileiro tem o direito e o dever constitucional de zelar pela moralidade no trato do que pertence a todos, seja nas questões ambientais, econômicas, sociais ou políticas. O povo exige que toda denúncia, respaldada na verdade documental, deve ser levada aos tribunais. As leis de exceção, que privilegiem classes – políticas, jurídicas ou executivas – sejam caducadas por uma Legislação que honre a afirmativa constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”. O eleitor deve ser educado na cidadania e os meios de comunicação tem o dever de contribuir para ensinar de forma didática e imparcial a cidadania – em vez de apresentar o circo deprimente de modismos exigidos por anunciantes – que vêm rebaixando o nível da dignidade juvenil.
A atual onda, o despertar da apatia para as ruas, em um clamor pelo fim da impunidade e pelo triunfo da justiça sobre a parcialidade, não é uma luta partidária – nem deve ser porque a atual epidemia imoral, informada pela imprensa, tem raiz num fazer político que se articula numa ética peculiar – alastrada em prefeituras, câmaras municipais, assembléias legislativas e até no Ministério Público - capaz de agravar o desequilíbrio social, sempre prejudicial aos menos letrados, de menos posses, menos informados e mais expostos ao avanço de toda espécie de injustiça favorecida por leis e jurisprudências que aviltam os mais pobres, seja nas favelas – impostas pela grilagem centenária de terras públicas – seja no campo, com o avanço dos latifúndios – seja nas regiões de floresta, onde o papel com carimbo de cartório – legal mas imoral – ou ilegal e imoral – desterra povos indígenas, agricultores familiares, expondo-os ao exílio nas cidades ou a semi-escravidão. Chega dessa imposição aviltante imposta por certa parcela da elite, que considera a moral e a hombridade algo fora de moda. Está na hora de reafirmar valores universais pelos quais a consciência grita!
O Brasil muda para melhor, de cima para baixo. Muitas vezes a voz do povo é a voz de Deus.
(José J Azevedo)
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