domingo, 31 de maio de 2009

TV GLOBO DESTACA TRABALHO PRESBITERIANO ENTRE INDIOS

150 ANOS DA IGREJA
PRESBITERIANA NO BRASIL
A Igreja Presbiteriana do Brasil está celebrando 150 anos de sua presença no Brasil. Tudo começou com a vinda de Ashbel Green Simonton que no dia 12.08.1859, dava início ao trabalho missionário em nosso País. O historiador Alderi Souza de Matos assim descreve os primórdios da IPB com a chegada de seu missionário pioneiro: "Assim sendo, o jovem pregador, que chegou ao Brasil no dia 12 de agosto de 1859, estava bastante preparado e motivado para seu difícil trabalho. Tinha excelente formação intelectual, um caráter íntegro e grande entusiasmo pela tarefa que entendia ter recebido de Deus. Vencidos os desafios iniciais de aprender o idioma e se adaptar a uma cultura tão diferente da sua, ele se lançou com afinco à sua missão. Metódico, operoso e perseverante, Simonton lançou em poucos anos as bases do presbiterianismo brasileiro, criando várias estruturas pioneiras: a primeira igreja (1862), o primeiro jornal (1864), o primeiro presbitério (1865) e o primeiro seminário (1867). Apesar da grande dor que sentiu ao perder a jovem esposa, reuniu forças para dar continuidade às suas atividades evangelísticas e pastorais, encerrando sua carreira prematuramente aos 34 anos de idade (1867), na cidade de São Paulo, vitimado pela febre amarela".

DOUTRINA
A IPB é uma igreja cristã, reformada. Sua doutrina é esencialmente bíblica - pois a Bíblia é sua única regra de fé e prática. Entende, conforme a Confissão de Fé de Westminster, que "o sentido central do ser humano é glorificar a Deus e desfrutar de Sua presença".
A IPB tem, segundo seu último censo, tem cerca de 981.064 membros. A pesquisa aponta ainda, que, desse número, 427.458 são homens e 553.606 mulheres. Suas Escolas Dominicais - especializadas em evangelização de crianças, adolescentes e adultos, espalhadas em todas as regiões do Brasil, têm cerca de 170 mil alunos. Desde então a IPB vem crescendo de forma firme e segura, baseada nos preceitos bíblicos, em sua forma democrática e transparente de governo e criteriosa formação de seus pastores e líderes eclesiásticos. A TV Globo, na última semana, apresentou uma pequena amostra, para o Brasil, do que significa a Igreja, em termos de evangelização e ação social, revelando seu trabalho junto as aldeias dos Caiuá, no Mato Grosso - onde mantém o único hospital indigena de nosso País.

SAÚDE, EDUCAÇÃO & AÇÃO SOCIAL
Porém o trabalho presbiteriano é superlativo: A ANEP - Associação Nacional de Escolas Presbiterianas tem 199 escolas afiliadas - com dezenas de milhares de alunos - sendo que a Universidade Mackenzie, com campi de graduação e pós-graduação em São Paulo, Barueri (Campus Tamboré), Brasília, Campinas, Recife e Rio de Janeiro (como Faculdade Morais Júnior - Mackenzie Rio, é sua maior instituição, na área de Educação. Os presbiterianos matém também 9 seminários. Para sua ordenação o pastor tem que ter cursado um seminário, defendido uma tese e uma exegese com base num assunto ou trecho bíblico, além de passar por uma série de exigências do Presbitério onde o mesmo será ordenado.
A IPB matém cerca de 500 instituições ligadas a ação social, saúde e educação, atendendo dezenas de milhares jovens e milhares de famílias carentes: "É no contexto destas dificuldades e flagelos (destruição do meio ambiente, explosão populacional, narcotráfico, proliferação de doenças, instabilidade dos mercados financeiros, aumento da pobreza, desemprego, violências, explorações e exclusões), dos desafios, das profundas e rápidas transformações que afetam, indistintamente, toda a sociedade brasileira, que se encontra o membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, sendo chamado e desafiado ao cumprimento integral da Grande Comissão de Jesus Cristo. Trata-se da necessidade urgente de uma tomada de consciência, de verdadeiramente querer ser Sal e Luz nestas terras convulsionadas pelas flagrantes injustiças sociais. Casa abastecida pelo Projeto Água para quem tem sede, de captação de água de chuva. A despeito das dificuldades e ainda muito aquém das nossas potencialidades, a IPB tem experimentado um salutar despertamento em direção ao cumprimento de sua responsabilidade social. Já são mais de 500 entidades operantes e eficientes; mais de 1000 projetos nas áreas de: Combate à pobreza; Políticas Sociais, Direitos humanos e Ambientalismo; Gestão social, Planejamento; Capacitação; Assessoria; Recursos Humanos e Fund-Raising. Inúmeros programas nas áreas de Atenção à Educação e Saúde; Complementação de Renda; Geração de Empregos; Erradicação do trabalho Infantil, etc. Obras e Ações em todos os Estados do Brasil. Mais de 300 leitos hospitalares, com média de 4.400 atendimentos por mês; mais de 210 escolas ensinando com eficiência e qualidade; cerca de 115.000 alunos da pré-escola à pós-graduação; inúmeras classes de alfabetização de jovens e adultos; e, campanhas emergenciais, mutirões e clínicas de curta duração".

EVANGELIZAÇÃO & MISSÕES
O trabalho missionário da IPB é gerenciado pela JMN - Junta de Missões Nacionais e a APMT - Agencia Presbiteriana de Missões Transculturais, no Brasil e no exterior, respectivamente. O Rev. Marcos Agripino Castro de Mesquita revela: "Hoje, ao todo, são 23 países que contam com a presença de 30 missionários brasileiros e estrangeiros espalhados por todo o mundo. Todos eles precisam dominar a cultura, idioma e o perfil religioso-sócio-cultural do povo que entrarem em contato, e acima de tudo, manter o respeito à cada etnia. Esses missionários são mantidos por doações voluntárias tanto de igrejas e instituições quanto de crentes que desejam colaborar com a expansão do reino". Atualmente, são mantidos pela JMN 188 missionários em 185 campos. Sendo 50 missionários exclusivos da JMN IPB e 138 em parcerias. Os resultados colhidos por esse trabalho são bastante significativos. A JMN inicia trabalhos evangelísticos e planta novas igrejas em cidades em que os presbitérios e igrejas locais da IPB encontram dificuldades para abrir uma igreja. Outra preocupação da JMN se resume em formar parcerias com os presbitérios e igrejas locais, analisando os dados sociais e econômicos da região para assim iniciar o trabalho de evangelização e plantação de novas igrejas. A Junta de Missões Nacionais é composta pelos seguintes dirigentes: Rev. José Batista da Hora, presidente e Rev. Lourival do Prato, secretário executivo.

A Instituição mantém, também, duas grandes editoras, responsáveis pela edição de centenas de títulos teológicos e formativos, nas divesas áreas de atuação da Igreja; mantém o programa Verdade e Vida que é exibido todos os sábados das 8h15 as 8h45 na Rede TV , em Rede Nacional - com mensagens do Rev. Hernandes Dias Lopes, músicas e entrevistas.

sábado, 30 de maio de 2009


EVANGELICOS & FEIRA DAS
VAIDADES DAS REDES DE TV

Nos últimos dias grande número de evangélicos viu, surpreso, o Jornal Nacional levar ao ar reportagens reconhecendo o mérito das igrejas Presbiteriana do Brasil e Assembléia de Deus. Logo a Globo, famosa por seu preconceito a evangélicos, indiscriminadamente, e em especial, sua aversão à Igreja Universal, Bispo Macedo e Rede Record – a principal concorrente na busca de audiência. Durante toda a semana a vênus platinada rasgou seda para várias denominações, desde as tradicionais reformadas – Luterana, Presbiteriana e Metodista – passando pela Assembléia de Deus, Batista, etc – evidenciando aos expectadores, enfim(!), algumas das virtudes e trabalhos de evangelização & ação social, dignos de honra e glória ao Senhor da Igreja. Milagre? Conversão de algum diretor, ou mesmo de um filho da família Marinho? Muitos ficaram de queixo caído, inclusive eu. Porém, como diz o ditado, “macaco velho não bota a mão em cumbuca”. Fui dar uma pesquisada em fatos recentes prá ver o que acontece nos bastidores da guerra de audiência entre as redes. Afinal, é notória a tendência da Globo em propagar o espiritismo e outras religiões orientais com fundamentos semelhantes. É importante ressaltar que, em todas as aberturas da semana na série “Os evangélicos”, a Globo sita dados já ultrapassados, do IBGE do ano 2000, como atuais: “Enquanto a população brasileira cresceu 15,5% entre os dois últimos censos, o número de evangélicos dobrou. Hoje eles são cerca de 15% dos brasileiros. Como a maioria católica inclui 73% da população brasileira...”. A Revista Época, sua afiliada, divulgou na semana passada, a estimativa para o ano 2020 é a de um Brasil majoritariamente evangélico (50% de evangélicos e os outros 50% formados de católicos, adeptos de outras religiões e sem religião). O fantástico crescimento dos evangélicos, em nosso País, fez a ficha cair na mesa da diretoria global: Vamos deixar o podium! Trataram de forjar uma imagem simpática de última hora. Outro fator que detonou essa série simpática às igrejas dos “crentes” (assim sempre foram chamados, pejorativamente) foi uma série de cenas chocantes e declaradamente preconceituosas e mesmo difamatórias com relação a personagens “crentes” de sua novela “Duas Caras”. Veja no You-Tube http://www.youtube.com/watch?v=XYgNYz5qAAI uma reportagem da TV Record entrevistando pastores – metodista e presbiteriano - além de cientistas sociais, com relação ao preconceito explicito do autor da novela, com a aquiescência da Rede Globo, colocando uma atriz fazendo papel de uma evangélica alucinada – querendo passar subliminarmente, ao grande público, que os evangélicos são assim mesmo: fanáticos, preconceituosos e mentalmente desequilibrados. Com certeza a Rede Globo começou a pagar por alguns de seus pecados, vendo sua audiência cair por causa de manifestações de protesto contra o que muitos telespectadores viram como estratégia para denegrir sua imagem junto ao inconsciente coletivo dos brasileiros. Até no exterior a Globo foi alvo de críticas por decidir negar anúncios publicitários as Igrejas - pois várias igrejas evangélicas brasileiras crescem nos EUA. Até a Revista Veja evidenciou mudanças na globo. O blog de seu colunista Lauro Jardim afirma: “Há uma recente instrução geral (não escrita) na Globo sobre como tratar os evangélicos, vinda diretamente da família Marinho: adversária é só a Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo - e não todas as igrejas evangélicas. Em sua programação, a emissora deve deixar claro que não discrimina os outros evangélicos. Essa demarcação terá que ficar nítida. A avaliação é que a Universal aproveita bem o embate com a Globo para unir todos os evangélicos contra a emissora - e que a Globo nunca conseguiu explicitar de modo patente que a sua guerra é com igreja de Macedo, a qual chama de seita. Na verdade, a Globo nunca se preocupara com isso, que, afinal, parece meio óbvio, e botavam todos no mesmo saco. Resultado: há entre boa parte dos evangélicos o sentimento de que são discriminados pela emissora. Agora, tenta recuperar o tempo e a audiência perdidas” ((veja em: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/20080627_dia.shtml). A fogueira das vaidades em busca de audiência continua crepitando e não podemos nos iludir da súbita bondade global, ou mesmo com as intenções evangelizadoras da Rede Record – cuja programação não difere muito, em seus valores, da vênus platinada. A página da WorlPress vem dando o tom dessas batalhas: “A guerra subterrânea entre a Record e a Globo tem a programação da Igreja Universal nas madrugadas como ponto nevrálgico. O fato de a Record receber a injeção de cerca de 300 milhões de reais anuais da Igreja Universal a título de venda desse espaço é visto pela concorrente como uma vantagem indevida. A Universal paga 140.000 reais por hora em uma faixa de horário em que a Globo não arrecada mais do que 40.000 reais, mesmo obtendo uma audiência quatro vezes maior do que a concorrente. A título de comparação, a igreja de Edir Macedo paga apenas 55.000 reais por hora para a RedeTV! na compra de horário no começo da tarde naquela emissora. Não mais do que 5% do faturamento das TVs abertas vem do espaço comercial vendido durante a programação da madrugada. Chama a atenção do mercado o fato de na Record, ao contrário do que ocorre nas demais emissoras, a madrugada produzir 30% do faturamento. Mas se existe alguma ilegalidade na transferência de renda da igreja para a emissora ela ainda não foi argüida nos tribunais” O site também faz referência a uma fala de Macedo: "... Fez um discurso agressivo, referindo-se à líder de audiência do país, a Rede Globo, sem citá-la nominalmente: “Fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar fim a esse monopólio”. Na semana passada, a Record voltou à carga – por meio de um editorial em seu principal noticiário, acusou a rival de ter feito gestões para impedir a inauguração da Record News. A saída do casulo e o ânimo de briga têm razão de ser. Além do novo canal de notícias, Macedo celebra feitos consideráveis da Rede Record, a jóia central de seu império de comunicações. Em agosto, a emissora tornou-se a segunda rede brasileira em ibope, superando o SBT em todas as faixas de horário. Além disso, de três anos para cá a Record dobrou seu faturamento publicitário – que já supera a marca de 1 bilhão de reais". (http://resumododia.wordpress.com/2007/10/08/disputa-entre-globo-e-record ). A todos os cristãos, que devem ser zelosos quanto ao estudo, leitura e prática dos ensinos sagrados, lembramos o texto de Romanos 12: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Paulo, exortando a Igreja de Cristo, escreveu: “Julgai todas as cousas, retende o que é bom, abstende-vos de toda a aparência do mal” (1 Tes 5.21-22). As corporações do entretenimento, financiadas em grande parte pelas indústrias que produzem bens de consumo, inclusive bebidas e outras substâncias viciantes, através do chamado “efeito demonstração”, busca seu lucro através de mensagens subliminares, em cenas de filmes e novelas. Nesse ponto ambas as redes são muito semelhantes. O teólogo calvinista Francis Shaeffer afirmou, em seu livro “A Morte da Razão”, que a humanidade encontra-se imersa em uma cultura cujas raízes estão corrompidas. Por isso o povo cristão vem assumindo a contracultura – isto é, uma cultura cujas raízes firmam-se nos valores éticos, morais e espirituais do Novo Testamento e, por isso, confronta o pensamento hodierno. Essa, pois, não é uma história de mocinho e bandido. O que é fundamental é discernir o joio do trigo e nutrir a mente e a alma com conteúdos que dignifiquem a existência e glorifiquem a Deus.
José J. de Azevedo

terça-feira, 26 de maio de 2009

CRISE & SOBERANIA DE DEUS


A verdadeira crise é maior e mais grave num mundo onde cerca de uma criança morre de fome à cada 4 segundos por causa da subnutrição, falta de água potável em condições de vida que atentam contra a dignidade humana.
A verdadeira Crise tem raíz espiritual pois ao lado da miséria econômica de mihões outros milhões vivem em miséria espiritual.

Seriam os economistas sacerdotes de uma nova era e profetas de um novo paradigma de governo e controle social? A revista «Foreign Policy» fez as seguintes afirmativas: “As estimativas de 5 [economistas] autores para o presente ano são ”alarmantes” e prevêem que a economia mundial continue a piorar. Esta situação deve-se ao contágio da recessão as economias emergentes e a um futuro enfraquecimento do dólar, o que vai pressupor a esta moeda “perder para sempre o seu valor” nas finanças internacionais”. Nouriel Roubini alerta que a crise se encontra no início e que em 2009, as suas estimativas são “todavia mais pessimistas”1. Esses profetas do capital e das grandes corporações financeiras, no entanto, podem ser surpreendidos pela intervenção de Deus na História - pois nada foge à sua vontade decretiva, ou permissiva!
Pedro Agostinho, mestre de História do Brasil escreveu: “O que podemos esperar no decorrer de 2009 será o uso de nossos recursos, fruto da soma da riqueza produzida por nós, contribuições provenientes de nossos impostos que, agora, estão sendo canalizadas para salvar banqueiros, grandes empresários, montadoras que na regra geral do capitalismo, deveriam “quebrar” e arcar com as conseqüências da crise gerada por esse mesmo sistema, que os mesmos defendiam em épocas de grandes lucros a custa da força de trabalho assalariado, que cada dia que passa, nos parece que diminui mais. Mas agora os desafios que serão enfrentados por nós trabalhadores serão - não mais a luta pelo aumento salarial – mas a permanência de ter um emprego, um salário, o direito de poder voltar para casa ao final do dia e reencontrar nossos familiares, a certeza de retornar no dia seguinte e não ser mandado embora sem um motivo aparente”2.
Governos do ocidente, com a crise, foram obrigados a cobrir rombos forjados pelas perversões entranhadas em grandes corporações – por causa de uma crise moral que, desde o poder corporativista, contamina indivíduos. Com a revelação de fraudes, escândalos, caiu a confiança que dava tranqüilidade a investidores – gerando instabilidade, fazendo bancos, empresas seguradoras e bolsas de valores ruírem como um castelo de cartas. Nessa espiral mais de três milhões de pessoas, apenas nos EUA, perderam seus empregos no último ano.
Reinaldo Gonçalves, professor de Economia Internacional (UFRJ) lembra que “a insolvência generalizada no sistema de hipotecas imobiliárias nos Estados Unidos” detonou o atual momento da crise – associada à queda de juros, especulação imobiliária, etc.. Considerou também o “poder letal do “moinho satânico” do mercado de capitais, como fator importante gerador da crise.3 Trata-se, na verdade, daqueles que jogam bilhões de dólares nas bolsas de valores – apostam no caos se isso lhes der lucro. Não se dedicam ao trabalho produtivo e, como sanguessugas, enriquecem explorando indiretamente o trabalho dos povos e a riqueza das nações. Num sistema de informações globalizado pela Internet bilhões de dólares podem mudar de mão em segundos!

Se olharmos a crise do ponto de vista bíblico podemos aferi-la também com relação à realidade existencial do ser humano. Criado à imagem e semelhança de Deus o ser humano, por causa da cobiça de querer ser “igual a Deus”, transgrediu ao trocar a liberdade do Espírito pelas ambições da carne. Vivemos numa era tenebrosa. No século XVI João Calvino descreveu a natureza humana caída como em estado de ”depravação total”. Por outro lado, os humanistas e evolucionistas acreditam no ser humano como senhor de seu destino, a caminhar, por esforço e mérito próprios, a um estado cada vez mais elevado de justiça social e solidariedade – motivador único de grandes realizações e progresso científico. Afirmam que o homem é bom por natureza mas ainda carrega rudimentos de seu estádio anterior, como animal guiado por seus instintos.
Em sua posse, diante de centenas de milhões de pessoas em rede mundial de TV, no dia 20.01.09 o presidente eleito Barak Obama conclamou: "A todos os povos e Governos que estão nos vendo hoje, desde as maiores capitais ao pequeno povoado onde meu pai nasceu (no Quênia): Saibam que os Estados Unidos são um amigo de cada nação e de cada homem, mulher e criança que busca um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para ser líderes mais uma vez".4
Porém não podemos nos iludir com belos discursos. Entre o sonho e a realidade há grande diferença. O nacionalismo continua sendo a alavanca que leva cada governo cuidar de seus próprios problemas, mesmo à custa de nações que não tenham um arsenal tecnológico capaz de garantir o próprio desenvolvimento – que são exploradas através das corporações transnacionais. Essas, por sua vez, não têm compromisso com as pessoas de carne e osso, pois seu objetivo supremo é o lucro onde deus é o mercado e os arautos dessa nova era são economistas a serviço de um sistema que avança seu domínio sobre terras e recursos minerais. Opera também na dominação de governos através de lobbies que investem em candidatos e compram sua consciência – gerando leis que fazem ampliar seu domínio, impondo tecnologias que geram desequilíbrios ambientais e marginalização.
A verdadeira crise é, antes de tudo, espiritual. Crise que mina a fé do homem num Deus criador e soberano. As novas gerações são massivamente influenciadas pela propaganda subliminar (via filmes, novelas, Internet, etc.) que nega a transcendência humana, apela para o materialismo, à superficialidade e o egocentrismo. Essa cultura tem poder avassalador de levar as pessoas – mesmo que tenham fé cristã – à alienação e à solidão existencial – desvinculando-as do real estilo de vida ensinado por Jesus. Por isso vivemos num mundo soberbo que ignora a real crise – a da miséria globalizada! Vive-se, nesse contexto, sem grande convicção de pecado estrutural ou pessoal , frente ao fato de que uma criança morre de fome a cada 4 segundos no mundo- inanição, doenças provocadas pela falta de água saudável, condições de higiene e salubridade, etc. Centenas de milhares de vitimas de um sistema mundial que nega os valores bíblicos para eleger religiosidades que coadunam com a mentalidade darwiniana da prevalência dos mais aptos na escalada da evolução. Assim, a misericórdia substituída pelo pragmatismo materialista, em seu egoísmo digno de um tiranossauro segurando sua presa. Trilhões de dólares gastos em guerras e armamentos; cerca de 5% da população consumindo drogas- financiando um sistema paralelo, criminoso, que coloca seus tentáculos nas instituições. A espiritualidade pós-moderna, relativista, firma-se mais na vontade humana do que na glória de Deus.
A crise atual é muito mais que financeira. Houve uma polvorosa porque agora ela passou a atingir os ricos e grandes interesses. A injustiça é uma velha parceira do homem.
A realidade aferida desmente que o ser humano está em evolução, tornando a si mesmo melhor do que foi. Ele continua mentiroso, desonesto e egoísta se não for transformado por Deus. O mundo jaz no maligno. Neste cenário, porém, Deus continua a reinar soberano, nada foge à sua soberania. Ele vem permitindo essa realidade iníqua; prova aqueles a quem ama. Sejamos sensíveis aos sinais dos templos e atentos a uma consciência iluminada pelo Espírito. Nossa fé não pode estar firmada no que temos ou no que vemos.
Parece haver tentativas de precipitar uma situação caótica, porém tenhamos o coração sereno, confiantes na soberania de Deus! Possivelmente estamos às vésperas de grandes transformações globais. Jesus alertou para um tempo em que “por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos – aquele, porém, que perseverar [no amor] até o fim, será salvo”(Mt 24.12-13).
José J. de Azevedo

1. http://www.agenciafinanceira/
2. http://www.gostodeler.com.br/
3. www.socialismo.org.br/portal/economia-e-infra-estrutura
4. http://noticias.uol.com.br/ (20.01.2009)